O Nº 1 em Estimação da Madeira em Pé.

Estimação da Madeira em Pé

A determinação do volume de madeira existente numa parcela de terreno é uma tarefa, no mínimo, ardilosa. Geralmente, na receção da madeira pelas fábricas transformadoras, é usado o método de Arquimedes. A madeira é pesada na receção e , de seguida, submersa numa caixa de água para medir o seu volume, podendo assim determinar-se a sua densidade nos casos em que já tenha sido cortada há algum tempo e tenha perdido humidade, algo que é prejudicial no processo de transformação da matéria-prima.

Na floresta, no momento da orçamentação, por motivos óbvios, tal não é viável. Temos que estimar. Para isso precisamos de duas coisas: primeiro, do número de espécimes existentes e, em seguida, do volume de cada um. Para calcular o volume de uma árvore aplicável para a parcela de floresta em estudo, é necessário obter um número de amostras significativo e, com base em técnicas de regressão, obter as fórmulas representativas para a parcela em causa. Na maioria dos casos, este método é impraticável pelo custo em termos de tempo e de conhecimento necessário para o executar. É necessário cortar um número considerável de árvores e ter um engenheiro florestal disponível para interpretar e analisar os dados recolhidos. Uma solução de recurso é usar fórmulas predefinidas para a espécie que vamos estimar – e essas são de domínio público e de fácil obtenção, bastando pedi-las a qualquer profissional da área. Por exemplo, para o Eucalyptus globulus Labill, em Portugal, recomenda-se o uso da seguinte fórmula:

Função de Volume, sem casca e sem cepo, com base no DAP e Altura para o Eucalyptus globulus Labill, em Portugal.

Como valores de entrada temos d, diâmetro em metros, medido à altura do peito e h, altura total em metros. Com esta fórmula obtemos o volume da árvore, sem casca e sem cepo. Para simplificar, existem tabelas com a extrapolação dos dados já feita, sendo só consultar e usar.

Aproveitamos a oportunidade para apresentar o gráfico da altura com base do CAP.

Sabendo o volume de cada espécime, basta agora saber quantos pés temos disponíveis no terreno. Mais uma vez, o ideal seria medir todos os pés e assim obter uma boa aproximação do valor final. Mas quando temos três hectares de floresta, tal pode demorar uma eternidade. Temos então que usar amostras e extrapolar para o resto do terreno. Basta usar a regra de três simples. Se temos a sorte de lidar com uma parcela uniforma, plantada de raiz com carreiras de três metros por dois, sabemos que temos uma árvore por cada seis metros quadrados. Logo, para três hectares teremos perto de cinco mil pés. Quando se trata de floresta não uniforme, temos que medir uma áreamaior . Quanto maior for, melhor. Precisamos de uma ou várias áreas representativas da mata em estudo. Se o eucaliptal tiver duas zonas distintas, uma com 60% do terreno onde cresceu bem, outra com 20% onde houve falhas e o resto vazio, teremos que realizar duas medições e fazer uma soma ponderada para obter o volume estimado para esse terreno. Este é o algoritmo do Lumberjack.

Primeiro calculamos a área do terreno. De seguido inserimos amostras de terreno, com o tamanho das amostras e das árvores medidas, com a altura e o diâmetro obtido à altura do peito. Por fim, o software extrapola das amostras para o resto do terreno e determina o volume por espécie, valores totais e proveitos obtidos na venda. Como sabemos o número de árvores e o tamanho do terreno, conseguimos calcular os gastos provenientes do corte dessa parcela de floresta e todos os gastos envolvidos na operação. Subtraindo as despesas e os impostos do proveito, obtemos finalmente o lucro para o dono da parcela de floresta.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *